sábado, 28 de fevereiro de 2009

A volta para São Paulo: obra II


Continuando a história de ontem sobre a obra em São Paulo antes da minha mudança... Na última semana de obra, voltei de novo para ver como as coisas estavam. Realmente estava quase tudo pronto, faltava praticamente só a pintura, o que foi um grande alívio para mim.
O único que atrasou a entrega foi o pessoal da Marabraz, onde comprei os armários da cozinha. É claro que cada pequeno detalhe me deixava neurótica. Meus pensamentos, como sempre, a mil. Imagina se na hora de instalar o gabinete, os caras furam os canos, tem que tirar azulejo e essas coisas? E se os pedreiros não estiverem mais aqui, o que eu faço? Será que os caras mesmo consertam? Geralmente eles dizem que o trabalho deles não inclui isso, aquilo, aquilo outro... E sem o gabinete, onde vou colocar minhas panelas, talheres, roupas de mesa, etc, etc, nesse apartamento minúsculo? Ah não! Não vou deixar o problema acontecer...
Enchi o sac da Marabraz!!! Liguei, falei, expliquei, conversei, liguei de novo, falei de novo, expliquei de novo, conversei de novo, enfim acho que convenci o pessoal a vir logo... Eles vieram. Qual foi a minha surpresa quando chegou um homem e uma mulher! Mulher fazendo esse trabalho? Fura, carrega, pendura, aperta? Precisa de muita força!!! Fiquei muito espantada mesmo!!! Ela era incrivelmente forte!!! Acho que deve ser parente da Mônica!!! Fiquei imaginando o marido da dita cuja... ele não deve contrariá-la nunca! A menos que o marido também trabalhe com ela... Aí o caso fica mais interessante. Fiquei imaginando a noite como seria... cheia de tapinhas. Um tanto violentos, claro! E uma manhã cheia de marcas... ahhhhhhhhhhh que inveja!!!... ... deixa os outros para lá!!!
Acho que quando entro nesses devaneios deve ficar escrito alguma coisa na minha testa, pois sempre que volto alguém está olhando para mim com cara de quem está esperando uma resposta para uma pergunta que eu não ouvi. Será que dessa vez eu estava com cara de quem está pensando em sacanagem? O pedreiro olhava para mim com uma risadinha irônica no canto da boca. Será que eu pensei alto? Volta, Verônica, volta à realidade!!! Acorda, menina!!!
Enfim, dei as últimas instruções para os pedreiros, dei uma caixinha para o casal que estava instalando a cozinha e saí para comprar caixinhas de tomada, interruptores e uma ou outra coisa que faltava.
Felizmente deu tudo certo e a obra acabou no dia combinado. Disso tudo, aprendi uma lição. Fui extremamente eficiente na gestão dessa reforma, principalmente porque tinha um prazo inadiável para a mudança e uma certeza de que se alguma coisa ficasse pendente não seria resolvida nunca mais por causa das minhas limitações em tratar com esses problemas de manutenção da casa (exceto pelo fato de que agora tem a Porto Seguro, claro!).
Mas resumindo... Adorei brincar de obra e tenho certeza que na minha próxima casa vou fazer tudo de novo!!!
E resumindo 2... Até hoje não sei se os pedreiros têm capacidade de ler a mente dos outros!!! Alguém pode me dizer?

Um comentário:

  1. mudei a pouco tempo... deposi de 15 anos no mesmo endereço...
    é uma vivência forte essa de casa nova

    ResponderExcluir