quarta-feira, 29 de abril de 2009

Noites Vazias


Tenho escrito pouco, pois meus dias estão totalmente atribulados. Durante 3 dias da semana tenho atividades das 8 da manhã às 11 da noite. Fico muito cansada e quase não tenho tido tempo para nada além de trabalho e filhos. Às vezes estou tão cansada que à noite simplesmente deito na cama e durmo. Só às vezes.
Minha cama está vazia. Fria e vazia. Nesses últimos dias, tenho demorado para dormir. Estou sentindo falta de um aconchego, de um colo, de um carinho, de um abraço forte e quente. A sensação de solidão não passa.
Não sei por que a vida é assim. Esta semana faz dois anos que estou separada. Estou bem, calma, tranqüila e equilibrada. Estou melhor do que quando estava casada e a possibilidade de volta, se existiu um dia, agora é zero. Mas nesses últimos dias tenho me sentido melancólica. Uma tristezinha fina, aguda e persistente...
Não sei se existe remédio para isso...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Shopping Terapia


Mas não é só de trabalho que Verônica vive. Resolvi comprar roupas. Acho que no Shopping que costumo freqüentar, quando meu carro passa pela cancela, deve tocar um sininho e acender uma luzinha nas lojas. É a felicidade das vendedoras. Pois bem, na segunda-feira, depois da tal reunião que eu comentei ontem, resolvi mudar um pouco o roteiro e fui para o Shopping Ibirapuera. E estava a fim de comprar. Não sou extremamente consumista. Mas, de vez em quando, resolvo me dar uns presentes.
Às vezes a moda combina exatamente com o nosso estilo. Essa que está agora, cheia de laços e babados, não faz muito o meu tipo. Não gosto de parecer um bolo de festa de criança, cheio de chantili enfeitado. Acho que entrei em mais de dez lojas. Experimentei várias e várias coisas, inclusive os babados. Acabei comprando em cinco lojas, mas os detalhes das blusas são bem discretos.
É estranho ser mulher. Depois de tudo, ainda saí com uma sensação de não ter encontrado exatamente o que eu queria. Eu queria uma blusa rosa e uma amarela. Comprei xadrez, branco, cinza e verde. Rá, rá, rá...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Trabalho... Muito Trabalho


Acho que sempre fui workaholic. Comecei a trabalhar com 17 anos, como estagiária. Em seis meses, fui efetivada. Fiquei um ano e meio no primeiro emprego, mas depois resolvi voar mais alto. Troquei de emprego umas três vezes no começo de carreira. Ficava em média um ano. Depois que as coisas viravam rotina, eu mudava. Eu queria desafios. Queria saber mais. Queria conhecer mais. E assim fui indo. Fiquei cinco anos em cada um dos dois últimos empregos, o que é bastante na minha área.
O Tatá se incomodava com isso. Mas eu tenho uma energia enorme. Faz parte de mim fazer mil coisas ao mesmo tempo. Só sei mexer com coisas que estão mudando. Não consigo ficar estagnada e nem virar mega-especialista em um determinado assunto. Conheço, entendo, aplico, sugiro modificações, vejo novos processos surgirem. Depois tem que aparecer outra coisa. Outro problema para resolver.
Agora comecei tudo de novo. Para variar, estou entrando em outra área, onde não conheço nada. Segunda-feira, no meio do feriado, lá estava eu, fazendo reunião para aprender essa nova área. Às vezes acho que é hora de sossegar. Às vezes dou graças a Deus por ter tanta disposição.
Só o tempo poderá dizer o que vai acontecer.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Medos infundados


Não sei se isso acontece com as outras mulheres que se separam, mas, junto com a tristeza, veio também um medo enorme de não saber fazer as coisas que o Tatá fazia. Com o tempo, como já contei aqui várias histórias, fui dando conta de muitas coisas, como obra, mudança, manutenção da casa, etc, etc.
Mas uma coisa eu ainda não tinha feito: o Imposto de Renda. Antes de casar, eu fazia sozinha, mas não tinha praticamente nenhum bem (só o carro) e também só tinha uma fonte de renda, o que também facilitava a minha vida. Este ano, quando teria que fazer o imposto de renda sozinha novamente, depois de 12 anos, estava tensa. Na verdade, eu estava tensa com esse assunto desde a separação, pois embora seja uma pessoa organizada, mexer com documentos sempre me estressa.
Mas, às vezes acontecem coisas estranhas na vida, que a gente não sabe explicar. Uma dessas coisas foi que, na mudança (em que eu trouxe menos da metade das coisas que tinha na antiga casa), o pessoal colocou no caminhão um arquivo de aço que eu não havia planejado trazer. Pois bem, esse bendito arquivo já salvou a minha vida inúmeras vezes.
Como eu já estava ligada com o assunto do imposto de renda há muito tempo, comprei várias pastas suspensas e fui deixando meus documentos todos organizados ao longo do ano. Eu tinha que separar os bens, declarar a pensão das crianças, enfim, coisas que eu nunca tinha feito antes e não sabia como fazer.
Na sexta-feira, decidi então encarar o Leão. Entrei no site da receita, baixei os dois programas, importei o arquivo do ano anterior, simplesmente deletei os bens que ficaram com o Tatá, inseri as despesas do ano (muitas, por sinal).
Tive então, duas surpresas maravilhosas. A primeira foi que o processo todo não demorou mais do que duas horas. A segunda que eu vou conseguir restituir 90% do imposto que eu paguei!!! Ganhei o dia!!! Fiquei super-feliz!!!

sábado, 11 de abril de 2009

A insanidade do doutorado


Quando se faz mestrado e doutorado, você tem que estar disposto a abrir mão de parte de sua sanidade mental e também de todo o tempo livre de que dispõe, incluindo-se as horas de refeição, as horas de sono e os finais de semana.
Nesse ponto, meu mestrado até que foi tranqüilo, pois eu me permiti tirar um período sabático. Curti muito a fase do mestrado, principalmente o começo. Eu ficava com as crianças de manhã, estudava à tarde e ficava com eles à noite. Às vezes tinha que fazer alguma coisa à noite, mas nos finais de semana quase nunca trabalhava.
Mesmo assim, o Tatá sentia-se incomodado pelo meu mestrado.
Mas eu amo estudar. Acho que não vou parar nunca. E mesmo antes de terminar o mestrado, eu já sabia que queria fazer o doutorado. O Tatá me disse que tomou a decisão de se separar no dia em que eu disse que iria fazer o doutorado. Não que esse tenha sido o motivo principal da nossa separação, mas, com certeza, foi a gota no copo d´água.
Agora, no doutorado, a situação é totalmente diferente. Trabalho o dia inteiro, assisto às aulas do doutorado duas vezes por semana à noite e dou aulas mais uma vez por semana. Resumindo, tenho duas noites livres por semana, que dedico integral e incondicionalmente aos meus filhos. Para dar conta das tarefas do doutorado, tenho que dormir muito pouco. Como conseqüência, todos os finais de semana em que as crianças estão com o Tatá, dedico-me totalmente às tarefas do doutorado.
É claro que isso tudo tem um fim. Em junho acabam minhas aulas e estarei fora de casa à noite apenas uma vez por semana. Escrever a tese, ao contrário do que normalmente se pensa, é muito mais fácil do que passar por essa fase inicial de cursar as disciplinas. Eu estou contando os minutos para o dia em que as disciplinas vão acabar.
Em dias como hoje, em que o sol lá fora está lindo, fico me perguntando por que razão escolhi essa vida. A maior parte dos meus amigos executivos fez uma faculdade e um MBA. E meus amigos acadêmicos não trabalham em empresas o dia todo. Ou seja, as pessoas escolhem um caminho e fazem as coisas dentro desse caminho. Mas Verônica não. Tem que fazer tudo ao mesmo tempo. Às vezes acho que realmente sou insana.
Por tudo isso, odeio tarefas triviais, como fazer supermercado, cuidar de afazeres domésticos em geral, cuidar do carro e coisas a fim. Meu sonho é ganhar na Mega-Sena para nunca mais ter que fazer essas coisas.
Enfim, para que fazer tudo isso? O que eu vou ganhar? Largar o doutorado simplesmente me faria ter uma qualidade de vida infinitamente melhor do que a atual. Teria até um tempo para namorar. Mas, sim, eu tenho um grande propósito com tudo isso. Não vou contar agora. Vou deixar para um outro dia, pois a história é longa.Tenho ainda dois anos de doutorado pela frente. A defesa da minha tese será no mês do meu aniversário de quarenta anos. Vou tentar fazer com que aconteça exatamente no dia do meu aniversário. Vai ser um mega-presente, com direito a uma mega comemoração!!!!!!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sensações estranhas


Por uma contingência que não vem ao caso comentar agora, meus filhos estão dormindo no meu quarto. No geral, isso não é um problema, exceto de manhã, quando tenho que me arrumar para trabalhar. Não posso acender a luz e escolher a roupa, então, às vezes, desastres acontecem.
Hoje resolvi colocar uma blusa que eu adoro. É meio mesclada de roxo e lilás, mas é muito bonita. E combina perfeitamente com o meu sapato roxo. Até aí tudo bem. Mas como eu escolhi a calça meio no escuro, acabei pegando uma grafite, achando que estava pegando uma calça preta, cujo modelo é bem parecido.
Quando me olhei no espelho (da sala), achei que estava tudo bem, mas quando cheguei no escritório, achei a combinação estranha. Passei o dia me sentindo extremamente desconfortável, como se a todo momento alguém olhasse para mim e soubesse exatamente o que eu estava sentindo.
O raio da calça é quase preto e, para falar a verdade, a diferença, tirando os detalhes de bolsos e botões, é provavelmente imperceptível. De qualquer forma, é impressionante que, quando algo não está exatamente da forma como gostaríamos, acabamos nos sentindo mal. Por que será que essa coisa de moda incomoda tanto as mulheres?Enfim, nunca mais uso essa blusa com essa calça!!! E que DEUS abençoe os pretinhos básicos!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A Duquesa


Nunca tenho tempo para nada. Só sei onde é a locadora mais próxima por causa das crianças. Mesmo que soubesse, não saberia nem o que procurar.
Também raramente vou ao cinema. Até vou sozinha, mas não tem muita graça... mas, há uns tempos atrás fui assistir “A Duquesa”. Um drama romântico. Casamento arranjado, o marido a trai com a Amia e ela acaba por traí-lo também. Tem um filho que é obrigada a deixar com a família do amante, pois seria uma vergonha pública para o seu respeitável marido. No final, o marido fica com ambas e elas convivem bem até o final da vida.
Acho que o autor não tinha a intenção de causar indignação e nem de levantar a bandeira da sujeição da mulher, mas percebi que ao final do filme (no banheiro, é claro), algumas mulheres faziam comentários nesse sentido, talvez por já terem passado por situação de traição ou por terem abdicado de partes de sua vida por seus maridos.
Eu, no entanto, penso diferente. Acho que às vezes criamos regras e complicamos nossas próprias vidas. Por que não podemos compartilhar nossos amores? Por que não podemos simplesmente ser livres e também deixar livres os que amamos? Por que temos que deter a posse de seus corpos e cobrar pelos seus pensamentos? Acho que criamos as raízes do nosso próprio sofrimento.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Domingo na praia


Domingo resolvi ir para o clube de praia com as crianças... Agora já estou bem mais preparada para esses eventos e acho que eles também...Tomamos um café na padaria e fomos para a praia... As crianças foram brincando e se divertindo. Não deram trabalho algum.
O dia estava bonito e eu aproveitei para curtir meus filhos e relaxar. Acho que fiquei umas duas horas construindo um castelo de areia com eles... que, é claro, eles demoraram apenas alguns segundos para destruir. Entrei no mar umas dez vezes... Acho que eles nunca se cansam...
Mesmo tendo comido todas as tranqueiras possíveis (queijinho, milho, 2 sorvetes e peixinho frito), por volta das 15h eles estavam morrendo de fome e decidimos almoçar. Achei que eles não iam comer muito, mas comeram bem a ainda quiseram sobremesa...
As vezes eu olho encantada para eles. Parece incrível que já faz tanto tempo que saíram da minha barriga, que mamavam e que choravam à noite... Agora já escolhem as suas comidas e comem sozinhos, de garfo e faca.
Ainda deu tempo de brincarem no parquinho e na brinquedoteca depois de tomarem banho... Lá pelas 18h resolvi voltar... Os dois entraram no carro e dormiram profundamente.
Como o próximo final de semana é feriado, achei que a estrada estaria vazia. Mas, ledo engano! A estrada não só estava lotada como peguei um enorme congestionamento. Demorei muito mais do que o previsto para chegar... Graças a Deus que eles não acordaram... Quando os coloquei na cama, fiquei admirandoaquelas carinhas lindas e serenas... Crianças são realmente anjinhos, embora às vezes façam as suas traquinagens.

domingo, 5 de abril de 2009

Visual do Blog


Resolvi mudar radicalmente o visual do Blog... Acho que toda mulher adora, de vez em quando, fazer umas mudanças radicais... Na casa, no cabelo, na cor da unhas, nos tipos de roupa, enfim...
Eu resolvi mudar a cor do blog... me disseram que estava muito escuro, muito sério, e sugeriram que eu pintasse de rosa... Acho que até melhorou o astral!!! O que vocês acharam? Esse negócio de design não é nem um pouco a minha cara, mas eu realmente achei que ficou melhor...
Tchau bolinhas...

sábado, 4 de abril de 2009

Mudanças... e mais Mudanças


Agora que minha vida parece estar entrando no eixo novamente, já estou pensando em mudar para um apartamento maior... Isso me lembrou as histórias da mudança para São Paulo. Eu contei em posts anteriores as histórias da reforma, mas não contei as da mudança...
Contratei uma empresa para trazer meus móveis do interior para SP. Acho que eram uns quatro homens. Impressionante como esses caras são fortes. Estão acostumados a carregar peso todos os dias e seus braços são fortíssimos. Um deles era uma escultura da natureza. Negro, mais de dois metros de altura, carregou um arquivo de aço sozinho. Fiquei boquiaberta.
Acho que ele percebeu que eu estava dando umas secadas e começou a se exibir de propósito. Eu estava ajudando aqui e ali enquanto eles embalavam as coisas. Houve um momento em que o fulano levantou os braços para retirar uma prateleira da parede. Sua camiseta subiu e não pude deixar de olhar para aquela região bem marcada, ligeiramente abaixo do umbigo. Fiquei alucinada imaginando o que existiria dali para baixo.
O sem-vergonha continuava se mostrando, trabalhando e fazendo mil poses. E eu inventando coisa para fazer ali, só para continuar admirando. Depois de um certo tempo, ele já me secava descaradamente. Eu já imaginava aquela mão negra e enorme na minha pele branca. Via o suor escorrendo do seu rosto e descendo pelo seu peito...
Achei melhor sair dali, pois a brincadeira já estava ficando perigosa...
No dia seguinte, quando ele foi entregar a mudança e como o apartamento é pequeno, várias vezes passamos a milímetros um do outro. Os outros homens, apesar de estarem na deles, pareciam estar percebendo o clima.
Às vezes acho que sou muito medrosa... Devia ter deixado rolar... Tenho certeza de que seria uma experiência marcante.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Empregadas


Estou possessa. Tenho duas empregadas par apoder ficar tranqüila em relação aos meus filhos. A empregada 1 mora comigo e a outra fica entre 18 e 23h para a primeira poder ir para a escola.
Contratei a segunda há duas semanas. Depois que acertamos tudo, no primeiro dia de trabalho, ela me veio com a bomba: teria que faltar três dias porque já tinha pago uma viagem. Fiquei p... da vida. Por que não avisou antes? Certamente eu não a teria contratado! Mas, como não tinha muito o que fazer, disse que descontaria os dias do salário dela e que não permitiria que isso acontecesse novamente.
Bem, restava arranjar a logística para esses três dias... Pedi para uma tia minha ficar ontem, a empregada 1 falta na escola e fica hoje e eu saio mais cedo amanhã do trabalho.
Pois bem, minha tia ficou doente e não poderia ficar com as crianças ontem. Passei a tarde inteira ligando para casa para avisar a empregada 1 que ela teria que me esperar, mas a belezoca resolveu aproveitar meu primeiro dia de ausência para passear. Às 16h, quando ela finalmente atendeu o telefone, ainda teve a cara-de-pau de me dizer que tinha passado a tarde na casa de uma amiga!!! Será que estavam tomando chá e comendo brioches? Santo Deus!!!
Eu não acredito que essas coisas acontecem!!! Tenho duas empregadas, gasto um dinheiro enorme com elas e na primeira vez que eu viro as costas as madames vão passear!!! Será que se encontrarm no salão e riam de mim enquanto eu trabalhava? Às vezes acho que sou uma otária mesmo!!!Tem dias em que a minha vida é um stress total... E embora eu não tenha mais mágoas e até evite falar sobre o Tatá, nessas ocasiões eu me lembro do quanto é infinitamente mais fácil para os homens. Simplesmente pedem a separação, arrumam as malas e pronto. Em dois anos de separação, nunca tive nenhuma oferta do Tatá para me ajudar em qualquer tipo de situação. Nenhuma. Absolutamente nenhuma!!!