quarta-feira, 8 de abril de 2009

A Duquesa


Nunca tenho tempo para nada. Só sei onde é a locadora mais próxima por causa das crianças. Mesmo que soubesse, não saberia nem o que procurar.
Também raramente vou ao cinema. Até vou sozinha, mas não tem muita graça... mas, há uns tempos atrás fui assistir “A Duquesa”. Um drama romântico. Casamento arranjado, o marido a trai com a Amia e ela acaba por traí-lo também. Tem um filho que é obrigada a deixar com a família do amante, pois seria uma vergonha pública para o seu respeitável marido. No final, o marido fica com ambas e elas convivem bem até o final da vida.
Acho que o autor não tinha a intenção de causar indignação e nem de levantar a bandeira da sujeição da mulher, mas percebi que ao final do filme (no banheiro, é claro), algumas mulheres faziam comentários nesse sentido, talvez por já terem passado por situação de traição ou por terem abdicado de partes de sua vida por seus maridos.
Eu, no entanto, penso diferente. Acho que às vezes criamos regras e complicamos nossas próprias vidas. Por que não podemos compartilhar nossos amores? Por que não podemos simplesmente ser livres e também deixar livres os que amamos? Por que temos que deter a posse de seus corpos e cobrar pelos seus pensamentos? Acho que criamos as raízes do nosso próprio sofrimento.

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