sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Advogados: Parte II


Escrevendo sobre advogados ontem, lembrei de uma outra história. Por motivos mais relacionados ao meu trabalho, amizades e interesses pessoais, já faz algum tempo que freqüento ocasionalmente eventos na OAB e outros do gênero.
O evento em questão era o lançamento de um livro na Livraria Cultura no Shopping Villa Lobos, acompanhado de um workshop sobre o mesmo tema: sociologia do direito. Como pode Deus dar um privilégio intelectual tão grande a alguns? O autor do livro era simplesmente muito, muito, muito, mas muito mesmo, além dos seres humanos normais.
Naquela época eu ainda era casada, o fulano também era casado. O que mais me impressiona em um homem é, sem a menor dúvida, a inteligência, como já devem ter notado aqueles que lêem esse blog com certa freqüência. Então, fiquei apenas impressionada e mal troquei um aperto de mão com ele ao sermos apresentados, pois o assédio sobre ele naquela noite era, obviamente, muito grande.
Acho que mais de um ano se passou depois desse evento, até que nos encontramos novamente na OAB. Não podia nem imaginar que ele me reconheceria. Mas, para a minha total surpresa, ele não apenas lembrou, como ficamos quase meia-hora conversando antes do evento. E, depois de tudo, ele ainda disse que jamais deixaria de reconhecer meus olhos!!!
Acho que eu nem pisquei nesse dia. Acho que também fiquei uns 3 dias sem dormir. Você já teve a sensação de conversar com um Deus pessoalmente? Pois é, fiquei assim. Levitei. Flutuei. Descobri o significado de ficar em estado de torpor. Fiquei com um sorriso idiota no rosto por vários dias...
Não sosseguei até descobrir alguém que pudesse me dar a ficha do fulano (adoro fazer isso, acho na outra vida eu era espiã). Quando descobri que ele estava separado também, não acreditei. Comecei a pensar milhões de coisas e estratégias para me aproximar dele. A essa altura, eu já tinha conseguido até o e-mail e telefone.
Mas, a vida real não é um blog. No blog, tudo vale. Todos os pensamentos podem ser escritos. Todas as bobagens. Todos os delírios, fantasias. Poucos conhecem minha verdadeira identidade.Na vida real, não fiz nada. Fiquei apenas pensando e sonhando... Até que descobri que ele já estava se arranjando de novo... É, a vida é assim...

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