sábado, 28 de março de 2009

O dia do dilúvio


Terça-feira da semana passada, naquele dia em que São Paulo ficou inundado, eu tinha uma apresentação para fazer às 19h. Quando vi aquele temporal, resolvi sair às 17h, pois, caso contrário, não conseguiria chegar a tempo.
Foi uma decisão quase acertada, pois realmente eu cheguei quase na hora. No entanto, quando estava no meio do caminho, o professor ligou no meu celular, dizendo que provavelmente chegaria por volta das 20h. Confesso que fiquei envaidecida com a ligação... Ele poderia simplesmente ter comunicado a faculdade e pronto. De certa forma, a atitude dele me fez ver o respeito que eu conquistei junto aos meus professores. É pouco provável que eles tenham os celulares de muitos alunos... Fiquei me achando toda importante, como a minha filha fica quando é escolhida para ser ajudante da professora!!!
Mas, voltando à história, ele não conseguiu chegar e acabamos marcando a reposição da aula para ontem. Assim, em plena sexta-feira à noite, lá estava eu, na sala de aula. Acho que isso até faz sentido aos 18-20 anos, mas aos 37 é bem mais árduo... Às sextas, os alunos da graduação geralmente só pensam em sair logo da aula para beber... Agora os entendo...
E eu só pensava no quanto eu estava querendo estar num colo bem quentinho, assistindo um filme e tomando um bom vinho tinto.
Eu adoro meus estudos. Nunca falto e nem deixo de fazer as minhas atividades, mas ontem a aula custou a acabar... A concentração estava baixíssima. Devaneios mil. Mentalmente listei tudo o que eu tenho para fazer no final de semana. Lembrei de infinitas pessoas e fatos. Pensei nos meus pequenos. E o tempo não passava de jeito nenhum. O professor até reparou. Comentou que eu estava distante. Nada mudou. Continuei longe.
E assim, estranhamente, acabou minha semana...

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